sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

SÍNDROME DO PÂNICO




Muitas pessoas vivem uma rotina de angústia pavorosa. Sem motivo e sem hora marcada, um medo vem e paralisa todo nosso corpo e alma.. O chão some dos nossos pés, parece que a morte está se aproximando. Sintomas como taquicardia, falta de ar, dor no peito ao lado esquerdo do corpo e tremores.
Eu fui uma dessas muitas pessoas. Posso dizer que sou uma, porque quem já tive algumas crises.

Essa crise pode acontecer em casa, no trabalho, no carro, no mercado ou qualquer lugar. E esses sintomas todos descritos acima acontecem ao mesmo tempo quando se tem a Síndrome do Pânico.

É uma doença caracterizada por uma ansiedade devastadora. Por causa da doença, muitas pessoas desenvolvem o medo de sentir medo. Isolam em casa, com medo de ter outra crise na rua ou em público.

Até 1960 esses sintomas eram diagnosticados  como doença mental, chamada loucura.
Não havia um tratamento adequado e o doente morria com esse mal. Era tirado do meio social e ficava em casa ou clinica mental.
Mas hoje a ciência tem feito grande progresso e tem buscado a causa e estudando tratamento adequado.

Pessoas com algumas características de personalidade: Altruístas, perfeccionistas, e que são muito exigentes consigo mesmo. Essas pessoas são mais fácil ter a Síndrome do Pânico.

Os remédios indicados são os antidepressivos, que equilibram o nível da serotonina e um ansiolítico.
Terapia, técnicas de respiração, relaxamento, exercícios físicos, hobby, lazer e outros.

Eu tomo rivotril, faço Terapia Cognitiva Comportamental e sigo os exercícios que minha psicóloga ensinou. Aprendi a discernir quando o Pânico quer chegar, aí começo a respirar fundo, para tudo e penso racionalmente no que está acontecendo, analiso o pensamento e continuo respirando fundo. Na maioria das vezes, passa, vai embora e continuo o que estava fazendo. Se não consigo e está sendo mais forte que o meu Eu, para tudo, vou para o meu lugar preferido, que é o quarto e deito na rede em cima da minha cama ou na cama, começo fazer meditação, descanso a mente, fazendo os exercícios de respiração e geralmente durmo e acordo melhor.

O que acontece no nosso cérebro é que alguns neurônios são ativados e há uma grande descarga de noradrenalina e a adrenalina fica ativa e por isso surgem várias reações ao mesmo tempo.
Como o suor, tremores, batimento cardíaco acelerado (taquicardia), respiração ofegante, sensação de falta de ar, sensação que vai morrer de enfarte, formigamento nas mãos, dor no tórax, enjoo, tontura, medo de perder o controle, medo de enlouquecer e calafrios junto com ondas de calor. Tudo isso junto e misturado assusta qualquer um. Homem ou mulher. Adulto ou criança. Intelectual ou analfabeto.

Se você sentir isso, procure um psiquiatra e uma psicóloga. O médico prescreve os remédios e a psicóloga ajuda a entender o que se passa no nosso cérebro e nos ensina exercícios para vencer as crises. Mas não se rotule como louca ou louco e não deixe ninguém rotular você. É uma doença como as outras, que necessita de médico e medicamentos.

O que aprendi com essa doença: Essa síndrome é uma revolta do nosso corpo para provocar uma mudança radical em nossa vida. Tirar os padrões muito exagerados que impus para minha vida. Fazer menos atividades e as que escolher, fazer com qualidade. Não ser tão perfeccionista, não cobrar muito de mim, ser uma pessoa mais tranquila, fazendo uma coisa de cada vez.

Vale a pena analisar, estudar o que sentimos ou passamos e praticar o que aprendemos.




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