TRABALHO VOLUNTÁRIO
SEJA UM VOLUNTÁRIO
Todas as cidades oferecem inúmeras oportunidades de podermos fazer doações ou estar servindo com nossa profissão, dons e talentos.
Há uma necessidade grande de trabalho voluntário.
O que é um trabalho voluntário?
Fazer um trabalho de servir ao próximo em um tempo definido, sem receber recompensa.
Em outras palavras, ajudar pessoas que necessitam, sem ganhar um salário ou presentes pela ação desenvolvida.
É doar-se por completo, durante um tempo, hora, dia ou semanas para um local aonde se encontram pessoal com vulnerabilidades.
Usando a profissão, dons, talentos, dinheiro, carro, casa, material e tempo.
É servir!!!
A melhor coisa da vida é servir. Sermos voluntários, trabalhar para pessoas necessitadas, sem ganhar nada em troca do serviço. Fazer por amor. Servir e Amar. Quanto mais fazemos serviços voluntários, essa ação torna-se um estilo de vida. Minha Igreja em Fortaleza, a Videira tem esse lema: Amar, Servir e Viver. Porque você ama o seu próximo, você serve com tudo que tem e vive um estilo de vida abundante de alegria, satisfação e amor.
Também podemos definir como doar-se por completo. Fazer com paixão! Fazer com muita vontade e prazer. O trabalho voluntário dignifica uma pessoa. Trás ensino para toda nossa vida. Ajuda-nos a ter o fruto do Espírito da bondade, benignidade, longanimidade, amor, fé...Nos tornamos outra pessoa. Menos egocêntrica. Menos individualista.
Para ser voluntário, você pode começar só. Mesmo na rua, você pode conversar com uma criança sol, com ta pelo mundo, um mendigo que mora na rua, com uma mulher pedindo esmola. Abrindo sua casa para fazer reforço escolar, ensinar artesanato ou um instrumento musical.
Pode ir a um casa de idosos, casa de órfãos, centro comunitário, Igreja, ONG...
Ou na sua própria Igreja, na escola dos seus filhos, na vizinhança aonde pode ter uma casa de apoio aos necessitados.
O importante é querer, porque trabalho encontra-se facilmente.
Quando servimos às pessoas e a uma instituição, não estamos só ajudando pessoas, mas a nós mesmos. Quando desenvolvemos um trabalho voluntário, sentimos melhores, alegres, satisfeitos, damos mais valor ao que temos, uma paz envolve nosso coração. Sentimos úteis, valorizados e realizados.
Entramos em contato com uma realidade muito diferente da nossa. Uma outra cultura de vida. E nesta situação aprendemos muito, crescemos como pessoas e amadurecemos. O servir é uma troca. Ajudamos e somos ajudados por estar servindo.
Tem pessoas que tem todo o tempo disponível e se engaja em um trabalho social. Outros dedicam uma tarde por semana. Alguns umas horas na semana. Muitos dedicam suas férias e viajam para comunidades e atuam na profissão servindo as pessoas. Outros escrevem cartas. Compram presentes para doar. Doam dinheiro para pessoas e instituição.
As Igrejas evangélicas dão oportunidades para as pessoas servirem nos cultos, atividades, obras sociais e outros. A Igreja Católica tem trabalhos nos dias da semana para os fiéis darem aulas, servirem com suas profissões....e outras religiões também dão oportunidades.
Eu aprendi o voluntariado com meus pais, na minha escola. Meus pais participavam da Associação de Pais e Mestres e umas das atividades eram ajudar obras sociais que a escola tinha. Então desde pequena, em casa haviam sacos de roupas, presentes, blocos para bingo, comidas para barracas. Meu pai como dentista reservava no seu consultório particular para atender uma casa de crianças órfãos que tinham uma família para cuidar. A obra era de um padre amigo. Também atendia no consultória do Centro Social da minha escola, que serviam uma favela ao lado.
Nós os estudantes, desde pequenos trabalhávamos para arrumar roupas para bazar, brinquedos para crianças, livros e o mais gostoso era fazer uma cesta de natal para uma família credenciada no Centro Social. Cada ano, dividia a classe em grupos e esses grupos saiam com uma professora para comprar tudo para a cesta. Mas antes vendíamos brigadeiros, sucos, bolos para arrecadar o dinheiro. Enfeitávamos toda a cesta na aula de artes. Fazíamos cartões de natal para cada membro da família. Embrulhávamos os presentes. Eu amava essa época e esse trabalho.
Quando era pré adolescente, comecei a ir com uma irmã (freira) da escola na favela aonde ela atuava. Meu trabalho era brincar com as crianças, fazer gincana e depois dar a merenda que levávamos. Eu ia uma tarde por semana.
Na adolescência, já namorando o meu marido,( que tinha a mesma experiência que a minha, porque estudamos na mesma escola e seus pais eram ativos no servir ), começamos a trabalhar uma tarde por semana em um asilo. Conversávamos com os idosos. Servíamos no que era necessário.
Quando estávamos na faculdade, começamos um trabalho em uma favela perto de casa. Procuramos a Igreja Católica e o padre nos encaminhou para o trabalho. O grupo de voluntários eram uma senhora dona de casa, um rapaz que estudava artes e nós dois. Tínhamos uma supervisão de um padre. Começamos a frequentar a missa na capela da favela. Eu dava aula de dança moderna para as meninas e palestras para senhoras na capela. Íamos de sábado a tarde como casal e eu ia no meio da semana. Fizemos toda uma rede de esgoto juntamente com a população. Trabalhamos com Desenvolvimento Comunitário.
No ensino médio até o primeiro ano da faculdade, nas férias de Julho, participávamos, meu marido, minha irmã e eu de um projeto missionário no interior do Mato Grosso do Sul. O Grupo era formado por 4 irmãs, freiras e uns 40 alunos. Na cidade maior, dividíamos em quatro grupos, com uma freira cada e íamos ficar uns 15 dias trabalhando em povoado.
Nas quatro vezes que fomos, nós três ficávamos no mesmo povoado e por isso pudemos fazer um trabalho de desenvolvimento. O povoado era muito pobre. Dormíamos na capela, em cima dos bancos, o banheiro só tinha uma fossa e o banho era feito no rio. Comíamos de dois em dois na casa dos moradores. Não havia luz, nem água corrente, nem esgoto. Durante o dia fazíamos visitas domiciliares, trabalhávamos com crianças, ensinamos professoras, construímos uma biblioteca toda catalogada por nós, um posto de saúde com os medicamentos que levávamos. Dávamos palestras, aulas, teatro, trabalhos com jovens, casais e adultos. Todas as noites fazíamos um culto, como chamavam naquela época. Porque o padre só ia no povoado uma vez por mês ou demorava dois meses. Toda a viagem e as coisas que levávamos para o trabalho, era adquirido por nosso trabalho. Fazíamos jantares com shows feito por nós, vendíamos doces, salgados nos intervalos, fazíamos sorteio, pedíamos doações e dinheiro na fila de carros que iam buscar as crianças na escola. Era algo maravilhoso.
Depois de casada fizemos outros trabalhos voluntários: adolescentes em grupo, reforço escolar em casa para 10 meninas, montei um Centro Social na minha casa, em favela, comunidade perto das casas que morei.
Agora estou há 16 anos como missionária no sertão do Ceará e fizemos muitos trabalhos comunitários, programas de rádio, grupos de discussão, ONG, Igrejas plantadas, Escola Missionária e outros.
Neste tempo meu marido ficou uns dias trabalhando como médico no projeto Asas de Socorro na Ilha Marajoara, com ribeirinhos.
Acho que dei " água na boca " para você meditar e sair para procurar um lugar para você servir. Eu te animo. Procure na sua Igreja, no Centro comunitário do seu bairro ou na internet...
Sua vida vai mudar. Uma alegria imensa brotará de dentro do seu coração.
Desejo boa sorte e que o seu servir seja muito bom para sua vida.
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